Autocronograma

AUTOCRONOGRAMA

2008: 23 años deseando esta carrera.

2010: Bitácora de quien estudia en Puán porque la vida es justa y (si te dejás) siempre te lleva para donde querés ir.

2011: Te amo te amo te amo, dame más: Seminarios y materias al por mayor.

2012: Crónicas de la deslumbrada:Letras es todo lo que imaginé y más.

2013: Estampas del mejor viaje porque "la carrera" ya tiene caras y cuerpos amorosos.

2014: Emprolijar los cabos sueltos de esta madeja.

2015: Pata en alto para leer y escribir todo lo acumulado.

2016: El año del Alemán obligatorio.

2017: Dicen que me tengo que recibir.

2018: El año del flamenco: parada en la pata de la última materia y bailando hacia Madrid.

2019: Licenciada licenciate y dejá de cursar mil seminarios. (No funcionó el automandato)

2020: Ya tú sabes qué ha sucedido... No voy a decir "sin palabras" sino "sin Puán".

2021: Semipresencialidad y virtualidad caliente: El regreso: Onceava temporada.

2022: O que será que será Que andam sussurrando em versos e trovas 2023: Verano de escritura de 3 monografías y una obra teatral para cerrar racimo de seminarios. Primer año de ya 15 de carrera en que no sé qué me depara el futuro marzo ni me prometo nada.

30 de mayo de 2016

Cine alemán

Información
El primer martes de cada mes se puede disfrutar de películas alemanas actuales con la moderación de la cineasta alemana Nele Wohlatz. ►http://goo.gl/GbAQIa

Martes 7 de junio a las 19 h - La mujer y los cinco elefantes (Die Frau mit den 5 Elefanten) en el Club Alemán Buenos Aires (Av. Corrientes 327 - Piso 21 - Salón Berlín)

Entrada general: $ 50.-
Entrada socios y alumnos del Goethe-Institut: $ 30.-


LA MUJER Y LOS CINCO ELEFANTES
Director artístico: Vadim Jendreyko, color, 97 min., 2009

La película entreteje la historia de la vida de Svetlana Geier con su obra literaria –ella realizó las prestigiosas traducciones del ruso al alemán de las novelas de Dostoievski, los “cinco elefantes” del título- y sigue el rastro del secreto de esta infatigable mediadora entre idiomas. Habla de un gran dolor, de ayudantes silenciosos y oportunidades inesperadas. Y de un amor por los idiomas que lo ilumina todo. Pero al mismo tiempo Svetlana es uno de esos personajes, sobrevivientes del horror del siglo XX, que parecen haber vivido varias vidas. Sin abrumar con información textual, Jendreyko ha conseguido abordar la historia en toda su complejidad y ha logrado un retrato sensible de una mujer octogenaria extraordinaria.

Contacto: Patricia o Mirta
Tel: 4311-0716
eventos@clubaleman.com.ar
www.clubaleman.com.ar

24 de mayo de 2016

Lívia Natália



Lívia Natália é uma poeta e teórica da literatura, nascida em Salvador, Bahia, em 1979. Professora da Universidade Federal da Bahia, publicou sua primeira coletânea de poemas, Água negra, em 2011, seguida de Correntezas e outros estudos marinhos (Ed. Ogums Toques, 2015).











POEMAS DE LÍVIA NATÁLIA

Sobre o Tempo

         para Ailton Pinheiro

Se este vento persistir ainda alguns verões
e a flama acesa ainda banhar a mesa
e dançar nas paredes com suas sombras luminosas,
teremos pão. Teremos corpo,
e algo de um silêncio que não nos corte muito fundo.
Teremos a lâmina com seu fio imperfeito tangendo os tempos.

Em persistindo o vento sobrelevando as estações
Ainda serão seus cabelos que lamberão minha virilha
e terei seus olhos fechados me tateando no ar.

Em persistindo,
para além da chuva imensa e do acre que devora o verão
esta alegria descortinada e estes olhos de lágrima e brisa,
mais seremos um para o outro,
e estaremos mergulhados neste entreentranhas que,
quando venta,
somos nós.

§

Orisa didê

Arranca as percatas de seu cavalo
e nele galopa com os pés no chão.
Solta um grito que se espeta no alto
e,
repetido,
saúda a terra com a majestade de sua presença.

Dança sem a calma das horas,
pois seus braços se erguem para fora do tempo.

Caminha com sua carne de mito
e, quando vai, não parte.
Apenas se banha em seu próprio mistério.

§

O caso do Vestido

“De tempo e traça meu vestido me guarda.”
                                 Adélia Prado

Meu corpo não respeita as estações.
Chove grosso em cada dobra da cidade
E eu trago comigo um vestido de verão intempestivo.


Meu corpo não cede e, vivo, arde no ligeiro das rendas,
nas maresias que lambem o ar.
Meu corpo não cede.

E o vestido que me desveste neste calor temporão
é todo bordado na minha pele:
por dentro.

§

Aniversário

"No tempo em que comemoravam o dia de meus anos
eu era feliz e ninguém estava morto"
Álvaro de Campos


Tenho alimentado afetos com a parte boa de minhas entranhas,
a parte que não sangra tanto,
que não se avermelha em dobras.

Tenho tentado.

E que trabalho pesado este de tentar.
Tenho atendido telefonemas no meio da madrugada
como se salvasse suicidas,
corro andares ofegante de meu respiro
para evitar males que desconheço,
e o amor não cessa de me impingir sua presença dolorosa.

Já o expulsei de casa muitas vezes
e ele se esconde no dormente das portas,
o amor persiste e o sol escalavra minha pele fina
dentro da beleza de cada dia.

Tenho alimentado o amor com dedos protegidos de coragem e fé.
Mas seus dentes são tão afiados
que me ferem no côncavo das cutículas,
eles me lanham profundo,
e o amor, em mim, não cessa.

Tenho medo desta força que não me perdoa
nem me salva.

O amor tem me feito sangrar dos poros às entranhas,
depois,
como um perverso,
lambe minhas cicatrizes.

§

Freudiana

No mais fundo dos homens que amo
há meu pai, com sua carne de maresias.
Ele se desenha na pele dos meus homens
como o mar inscreve, no peixe, as escamas.

(Todo corpo em que derivo absorta
tem algo de sua voz pedregosa.)

Nas peles negras em que me banho
flutua sua existência de maré:
prenhe de naufrágios.

Aos pés destes timoneiros delicados
que pensam singrar minhas águas
sou a kianda-sereia,
um coral espelhado,
sou a ostra que se desmora em silêncio.

Sou a água eternamente translúcida.
Precipício denso de onde estes peixes bebem
- apenas -
um silêncio delicado.

§

Freudiana II

Segurar uma mãe na unha!
Ou nos fios da telefônica
       - que filtram sua voz no vazio.

Prender a mãe,
escalar suas pernas,
premir seu seio macio.

Comer do corpo da mãe,
lamber seu regaço.

Devorar a mãe na ausência
nos fios de seus cabelos,
no perfume que colore o ar.

Devorar a carne da mãe sanando,
com mãos urgentes,
a fome de todos os tempos.

O desamparo de todos os filhos

§

Um poema em seu nome


             para Ailton Pinheiro Júnior
                    
Como chamar este algo
que se dobra na dobra de sua orelha,
e deixa minhas noites insones
enquanto navegamos?

Seu cheiro que me lambe as narinas,
e mora no tecido fino destes travesseiros
onde dança sua juba domada
como um leão apaziguado em sua morada.

Este algo que dorme no nosso silêncio,
que se move no breu de nossos desejos,
algo que se exala na sua presença
que ilumina os dias e ofusca o sol?

Como se chama?

Como chamar este dia brando que se ergue?

Este gesto, esta voz que canta maresias em meu corpo?

Não há palavra que abrigue
este mundo delicado em que moramos:
qualquer nome cede ao vazio,
na fibra fina de sua presença.

§

Negridianos
            
          para Cuti, Limeira e Guellwaar Adún

Há uma linha invisível,
lusco-fusco furioso dividindo as correntezas.
Algo que distingue meu pretume de sua carne alva
num mapa onde não tenho territórios.

Minha negritude caminha nos sobejos,
nos opacos por onde sua luz não anda,
e a linha se impõe poderosa,
oprimindo minha alma negra,
crespa de dobras.

Há um negridiano meridiando nossas vidas,
ceifando-as no meio incerto,
a linha é invisível mesmo:
mas nas costas ardem,
em trilhos rubros,
a rota-lâmina destas linhas absurdas que desenhas
enquanto eu não as enxergo.

§

Anatomia

Meu corpo se dobra na curva dos dias,
as ondas passam prenhes de pássaros, peixes e maresias
o mar bebe o mundo com sua língua de onda
e meu útero permanece vazio.

Desconsolada,
engoli naufrágios inteiros
com pescadores e navios
e meus sonhos ganharam pele de peixe.

(Ando com esta barriga murcha,
recolhida no labirinto das entranhas.)

Meu útero bebeu a tinta das letras,
comeu papéis e teclas,
guardou-se debaixo do travesseiro, para o quando,
guardou-se no bolso, numa caderneta fina, para se.

Tudo vão:
Meu útero apenas ganhou guelras
e respira submerso.



23 de mayo de 2016

III Jornada literaria de autoría negra


‪#‎JornadaAutoriaNegra‬ “Tenho medo desta força que não me perdoa nem me salva”.
Mais informações acesse: http://bit.ly/1XVFcpJ
www.gelbc.com
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Comentarios
Paula Irupé Salmoiraghi
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‪#‎JornadaAutoriaNegra‬ "Quem segue minhas linhas/ se depara /apenas/ com o sangue coagulado"
Mais informações acesse: http://bit.ly/1XVFcpJ
www.gelbc.com
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